20 junho, 2010

QUANDO PEÇO QUE ME OUÇA...

Hoje li um post da amiga Márcia, em que ela reproduz Rubem Alves num texto intitulado "Escutatória". Recomendo.
Aí lembrei de um outro texto, cujo autor desconheço, que recebi há muito tempo atrás. Ainda estava aprendendo a mais ouvir e menos falar. Não sei se aprendi o suficiente mas venho, dia após dia, tentando controlar minha verborragia.

Eis o texto

"Quando lhe peço que me ouça e você começa a dar conselhos, você não faz o que eu lhe pedi.
Quando lhe peço que me ouça e você começa a me dizer que eu não deveria me sentir desse jeito, você está passando por cima dos meus sentimentos.
Quando lhe peço que me ouça e você sente que deve fazer algo para resolver meus problemas, você falhou comigo, por estranho que possa parecer.
Ouça! Tudo que peço é que você me ouça.
Não que fale nem faça nada... só me escute.
Conselhos são baratos: existem muitos conselheiros de plantão e líderes religiosos, até em jornais.
E posso consegui-los sozinho.
Não sou impotente.
Talvez acanhado e hesitante, mas não impotente.
Quando você faz algo por mim que eu precise e possa fazer sozinho, você contribui para o meu medo e imperfeição.
Mas, quando você aceita o simples fato de que eu realmente sinto o que eu sinto,
mesmo que pareça irracional, então eu posso parar de tentar convencê-lo
e posso me ocupar com a compreensão do que está por trás desse sentimento irracional.
E quando isso fica claro, as respostas são óbvias e eu não preciso de conselhos.
Sentimentos irracionais fazem sentido quando entendemos o que está por trás deles.
Talvez seja por isso que preces funcionam, algumas vezes, para algumas pessoas.
Porque Deus é mudo e não dá conselhos ou tenta consertar as coisas.
Deus apenas escuta e confia em você para resolvê-las por si próprio.
Então, por favor, me ouça e apenas me escute.
E, se você quiser falar, espere um pouco pela sua vez".
E eu ouvirei você. (A.D)

Obs.: se alguém souber a autoria, por favor me comunique para que eu possa creditá-la. Obrigada!

Sonia Rocha - Mercuriana.

19 junho, 2010

CURSOS ON LINE...INTERESSANTES?

Estamos na era digital e os cursos on-line proliferam em progressão geométrica. Basta acessar o Google e vamos encontrar uma infinidade deles.  Existem em todas as áreas e para todos os níveis: profissionalizantes, atualização profissional, graduação, pós-graduação, MBA, mestrado, doutorado, crescimento pessoal...e por aí vai. Alguns são gratuitos , outros são pagos e baratos, mas a maioria é bem pago, quer dizer, custam caro. Os gratuitos, geralmente não fornecem certificado. Os pagos sim.. Como boa geminiana que sou, estou sempre buscando novos conhecimentos, então  já experimentei vários. Fazer um curso on-line requer bastante disciplina. Para mim não foi fácil porque disciplina não é o meu forte.  Mas o resultado foi muito bom. Recomendo.
Mas, antes de escolher entre tantas opções, é preciso ter bem claro o que se pretende. Se for para atualizar conhecimentos sobre assuntos diversos, seja profissional ou pessoal, os cursos grátis são ótimos.
Se a intenção é preparar-se para uma nova profissão, ou aprofundar a que você já pratica, prefira os cursos pagos. Mesmo entre esses, você pode escolher o nível que melhor se adapta às suas necessidades. É muito importante verificar quais são os requisitos,  a que público se destina e se oferecem certificados com validade reconhecida.
 Fiz alguns gratuitos e gostei. Também aprendi muito com alguns pagos. Já sou graduada e estou pensando em tentar uma Pós, seja um Mestrado ou um MBA. Por enquanto é só um projeto porque são muito caros e, geralmente, exigem deslocamentos para aulas presenciais, dois grandes obstáculos para mim, atualmente.
Gostaria de indicar para quem se interessa em estudar via on-line:
Como eu falei no início, tem uma infinidade e os pagos têm preços variáveis mas conteúdos muito parecidos. A exceção fica por conta do nível escolhido.
Então, vamos estudar?
Já dizia minha  avó: O SABER NÃO OCUPA ESPAÇO!
Sonia Rocha - Mercuriana 

12 junho, 2010

NÃO DURMA SOBRE SEUS PROBLEMAS!


A galinha dorme sobre os ovos. O que acontece? Nascem pintinhos que mais tarde serão galinhas que mais tarde vão dormir sobre mais ovos que mais tarde.....ad infinitum...
Assim acontece quando enfrentamos problemas de relacionamento.  Dormindo sobre eles, vão se multiplicar. Por isso é importante tentar resolvê-los no momento em que surgem. Você pode estar pensando que esse  momento é o menos propício, uma vez que, geralmente estamos sob tensão.
Por um lado, isso é verdade. Mas há outro lado.
Você já tentou enxergar o outro lado? Sabe como é o outro lado?
Bem, o outro lado não é tão fácil como virar as costas, fechar a boca, deitar e dormir. Mas, certamente, é muito mais saudável.
Todo problema  envolve um conflito. Seja de opiniões, gostos, vontades. O importante é aprender como resolvê-los.
Então, aqui vão algumas dicas.
- Respire fundo algumas vezes. Isso vai ajudar a pensar antes de abrir a boca e começar a metralhar o outro com palavras agressivas. Quando agredimos, o outro se arma, e a guerra começa.
- Encare a situação como sendo única. Ataque. Sim, ataque o problema e não a pessoa.É muito comum, nesse momento, buscarmos na memória, lembranças de outras situações conflitantes e usá-las como argumento. Se adquirirmos o hábito de resolver um problema na hora em que ele aparece, não teremos munição guardada.
- Use sempre o verbo “estar”, nunca o verbo “ser”. Essa é uma situação clássica e drástica. Como se costuma dizer, errar é humano. Acertar também. Dizer ao outro que ele É de um jeito que não nos agrada é diferente de dizer que não gostamos do jeito que ele Está. O Ser é constante. O Estar é passageiro.
- Faça qualquer coisa com as mãos. Ponha no bolso, segure um objeto ( não vale atirá-lo contra o outro), invente. Dedo em  riste, jamais. Conversar não é dar bronca, cobrar ou acusar. Cruzar os braços sobre o peito também deve ser evitado. O corpo fala e vai estar dizendo...”não se aproxime, estou fechada, na defesa, e você não vai me atingir”.   
- Nunca use a ironia. Ah! Ironizar é o melhor combustível se você quiser ver o circo pegar fogo.
- Fale baixo e pausadamente. Essa é a parte mais difícil. Pratique.
-Ceder a palavra ao outro é o que vai caracterizar o diálogo. Não transforme a conversa num monólogo. Se não conseguir dar a vez, pelo menos pare para respirar. Respire profundamente e pense no que vai dizer. Enquanto isso, o outro pode se manifestar.
Estas são dicas que eu já li em muitos livros de auto ajuda.  Funcionam sim.
Se você conseguir colocá-las em prática, me avise e diga como conseguiu.
Vou ficar muito agradecida.
Sonia Rocha - Mercuriana  

07 junho, 2010

FIQUEI SEXY...genária!

No último dia 30 estreei idade, porque mulher madura não faz aniversário, estréia idade. Li isso num texto que recebi de uma amiga e achei o máximo.
 Entrei para o time da “Melhoridade, Terceira Idade, Segunda Infância, Melhorescência”, ou seja lá o nome que se dá ao grupo que, na verdade, ingressou na reta final.
Não passei por nenhuma crise. Isso aconteceu quando fiz 50. Meio século de existência pesa prá caramba.
Agora, aos 60, descobri que o melhor é relaxar e curtir.
Curtir o que?
Bem, coincidiu que no dia seguinte à minha estréia, vendi meu carro. Então, já pude começar curtindo um passeio de coletivo sem ter de pagar a passagem. Também não precisei enfrentar uma fila “kiilométrica” no banco.
Bem, se eu ainda tivesse carro, teria muitas vagas disponíveis para estacionar. Ah, também posso requerer aposentadoria. Quem sabe eu consiga continuar pagando meu plano de saúde ou até mesmo comprar um carro novo com o que vou receber do INSS.
Hum...que mais?.....................Ainda vou descobrir (se der tempo, lógico).
Tirando essas “felizes compensações” por estar envelhecendo, comecei a perceber em mim, sentimentos até então desconhecidos e a observar fatos que antes não me chamavam a atenção.
Descobri que não dá mais prá ter orgulho.
Orgulho é um dos pecados capitais e, claro, deve ser execrado. No entanto, tem um lado positivo quando se opõe à humilhação. Tudo tem dois lados (não me canso de repetir isso). Não confundir humilhação com humildade, tá. Confesso que o orgulho de ter e não aparentar os anos vividos, foi por água abaixo quando tive de provar minha idade para o motorista do ônibus. Devia ter sido o contrário mas não foi. Porque fica na gente a sensação de estar querendo se aproveitar, de estar mentindo.
E, enquanto viajava, sentada à janela, num banco reservado, olhando a paisagem, o que não era possível quando dirigia meu carro, pensei no tanto de tempo que já vivi e no pouco que me resta, considerando que tenha um final de vida natural. 
Só isso seria suficiente para me deprimir. Felizmente, o lado positivo do envelhecimento é que vem junto a maturidade trazendo uma compreensão inusitada dos nossos conteúdos internos. Não sei se vou conseguir me manter assim, pesando, medindo e ponderando meus sentimentos. Só o tempo dirá, porque sei que estou apenas no começo de uma nova jornada, não muito longa, é verdade, mas ainda assim, com novos e necessários aprendizados. Uma coisa boa que me ocorreu é que agora serei prioridade. Infelizmente essa descoberta boa não durou muito tempo porque, no banco tive de esperar minha vez. Isso me levou a observar que há uma legião de idosos, muito maior do que eu imaginava. E parece que todos estão realizando o sonho de serem “Office Boys” .
E aí, aconteceu uma coisa que, geralmente acontece quando alguém quer parar de fumar (prá todo canto que olha, tem alguém fumando)... todo lugar que eu olhava, tinha uma pessoa idosa... (ou mais).
Temos um ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente.
Temos um EI – Estatuto do Idoso.
Penso que logo deverá ser criado um ENI – Estatuto dos Não Idosos.
A verdade é que tem mais gente estreando idade do que fazendo aniversário!
E viva a sapiência! 
Sonia Rocha - Mercuriana